DHA (ácido docosahexaenoico) e estrogênio são dois componentes fundamentais para a saúde do cérebro, atuando de forma sinérgica na proteção e no funcionamento cerebral ao longo da vida da mulher. O DHA, principal componente do ômega-3, é essencial para a integridade das membranas dos neurônios, favorecendo a transmissão de sinais entre as células cerebrais, protegendo contra inflamações e contribuindo para a neuroplasticidade e a manutenção da memória, atenção e cognição.
Já o estrogênio exerce ações neuroprotetoras, antioxidantes, anti-inflamatórias e estimula a produção de neurotransmissores como serotonina e dopamina, além de melhorar a circulação cerebral e proteger contra danos causados por proteínas tóxicas, como a amiloide.
Essas duas moléculas – DHA e estrogênio – trabalham em conjunto para regular o metabolismo energético do cérebro, garantir o suprimento adequado de glicose e manter o equilíbrio das funções neurais. Estudos mostram que essa relação é recíproca e que a deficiência crônica de ambos pode levar a um desequilíbrio permanente no sistema nervoso central, aumentando o risco de acúmulo de proteínas tóxicas e o surgimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

O que acontece na menopausa?
Conclusão
A queda simultânea de DHA e estrogênio durante a menopausa rompe um equilíbrio essencial para a saúde cerebral da mulher, deixando o cérebro mais suscetível a inflamações, alterações metabólicas e declínio cognitivo. Por isso, estratégias que visem manter níveis adequados de ômega-3 (especialmente DHA) e considerar a reposição hormonal, quando indicada, podem ser importantes para proteger o cérebro e preservar a qualidade de vida nessa fase de transição.